Dextrana: da cana-de-açúcar aos alimentos

Abstract

O Brasil é um país que produz açúcar a partir da beterraba, do milho e de outros produtos agrícolas, entretanto, a maior parte da produção se dá a partir da cana-de-açúcar devido às condições climáticas favoráveis ao seu plantio. No ano de 2009 a produção de cana-de-açúcar foi de 563.638.524 toneladas. Com o crescimento desse setor agrícola faz-se necessário investigar o estado de desenvolvimento das pesquisas na área, visto que na obtenção do açúcar, desde a plantação até o processo de produção temos a presença da molécula da dextrana. A dextrana é produzida a partir de uma bactéria (L. mesenteroides), onipresente no solo, e sua presença interfere principalmente nas etapas de refino. Na produção de açúcar, a presença da dextrana provoca perda de rendimento, consumindo até 5% da sacarose da cana por dia, além de ocasionar alterações dos cristais, aumento da viscosidade nos xaropes e dificuldade na cristalização da sacarose. Os açúcares e xaropes que contém excessiva quantidade de dextrana são impróprios para a produção de alimentos, sendo assim, há a necessidade de se encontrar soluções para minimizar os problemas causados por esta substância nas indústrias de alimentos durante o processamento dos mesmos. Dentre as possibilidades está o aperfeiçoamento do processo de produção para garantir um alto nível de qualidade do açúcar, pois açúcar é alimento.