Influência da Higienização do Paciente na Presença de Enterococcus Faecalis na Cavidade Bucal.

Abstract

Este trabalho teve como principal objetivo a análise da presença de Enterococcus faecalis na cavidade bucal em pacientes com má e boa higiene, por meio de PCR, e comparar se a higiene é fator determinante na ausência ou presença do mesmo. O exame foi realizado na clínica de Odontologia, onde foram selecionados 30 pacientes com boa higiene e 30 pacientes com má higiene bucal e identificado por números para que os nomes fossem preservados durante a divulgação. A coleta foi realizada por fricção com uma zaragatoa de algodão estéril em toda cavidade bucal, não determinando sítios. Após a coleta, a zaragatoa foi acondicionada em um ependorfe hermeticamente fechado e transportada para o laboratório de microbiologia da Universidade do Sagrado Coração. A análise da presença e ausência foi feita por PCR (Polimerase Chain Reaction). Comparando os pacientes com boa higiene e má higiene bucal, os resultados apresentaram um aumento de 20%, sendo que apenas 1 (um) paciente com boa higiene apresentou Enterococcus faecalis presente na cavidade bucal, correspondendo a 3,33%, contra 7 (sete ) pacientes com má higiene bucal, o que representa 23,3%, sendo esta diferença estatisticamente significante. No entanto, o presente trabalho vem chamar a atenção sobre os riscos de deixar os dentes abertos e de se realizar restaurações mal feitas, principalmente em pacientes com má higiene, uma vez que essa bactéria se mostra bastante resistente a antibióticos como vancomicina e algumas raras cepas a ampicilina e também a alguns irrigantes endodônticos e curativos, já que o Enterococcus faecalis está presente em 64% dos fracassos endodônticos.