Avaliação da radiopacidade de 3 cimentos endodônticos

Abstract

A obturação dos canais radiculares é uma das etapas técnicas do tratamento endodôntico. A radiopacidade dos cimentos obturadores é de extrema importância, pois é ela que permite que a obturação dos canais se torne radiograficamente verificável, para avaliar a qualidade e o acompanhamento da obturação. O objetivo do presente trabalho foi comparar a radiopacidade de três cimentos endodônticos Endofill, FillApex associado a 20% de hidróxido de cálcio e Sealer 26. O ensaio de radiopacidade seguiu as norma #8 da ADA, onde foram confeccionados corpos de prova cilíndricos com os cimentos em teste e cilindros de dentina de mesma espessura. Os cimentos devidamente proporcionados e espatulados em anéis metálicos com 10 mm de diâmetro e 2 mm de altura. O conjunto foi conservado a 370C. Depois da presa dos cimentos, as placas foram retiradas e as espessuras dos corpos de prova conferidas com paquímetro. Qualquer aumento foi compensado por raspagem das superfícies dos mesmos. Os corpos de prova, cilindros de dentina e penetrometro foram dispostos sobre filme oclusal insight Kodak, sensibilizados com um aparelho de raios-X Dabi Atlante, com quilovoltagem de 60 kV, miliamperagem de 10 mA com tempos de exposição de 0,3 s. A distância foco/filme foi de 30 cm. A análise da radiopacidade foi realizada por imagem digital. Após a sensibilização e processamento das películas, as imagens foram digitalizadas e analisadas quanto à densidade radiográfica no programa Digora 1.51. O valor da radiopacidade foi determinado em densidade radiográfica, que foi, também, convertida em milímetros de alumínio (mm Al). Os dados foram submetidos à análise de variância ANOVA e ao teste de Tukey. Os resultados mostraram que o Sealer 26 apresentou os maiores valores de radiopacidade, seguido do EndoFill, e o que apresentou menor foi o FillApex. Conclui-se que todos os cimentos apresentaram valores acima dos recomendados pelas normas da ISO.