INFLUÊNCIA DO COMPORTAMENTO ALIMENTAR NO CONSUMO ALIMENTAR DE GESTANTES DE BAURU/SP E REGIÃO

Abstract

O período gestacional abrange cerca de 40 semanas e apresenta fatores fisiológicos, metabólicos e nutricionais heterogêneos em cada mulher que por ele passa. Considerando suas fases de mudanças, é um momento que interfere na alimentação da gestante e, dependendo de como são os hábitos e comportamentos alimentares, o impacto positivo ou negativo é direto na sua saúde e na saúde do bebê. O reflexo do trabalho nutricional sobre o comportamento alimentar dessas gestantes poderá ser visto através da evolução positiva do estado nutricional nesse período e após ele, no binômio mãe-filho. O presente trabalho objetiva associar o comportamento alimentar com alterações de consumo alimentar em gestantes de Bauru/SP e região. Foi realizado um estudo transversal e analítico, por meio de um questionário on-line via Google Forms, contendo informações como idade; escolaridade; renda; estado civil; idade gestacional; tipo de gestação; paridade; antecedentes pessoais de risco; complicações obstétricas; e se sofreu algum tipo de pressão para manter peso ou não ganhar peso por parte de algum profissional de saúde no pré-natal. Além dos dados acima citados, foram coletados dados referentes ao estado nutricional da nutriz para posterior classificação do estado nutricional por meio do IMC pré-gestacional e atual. Também foi aplicado o Questionário Holandês do Comportamento Alimentar (QHCA) para caracterizar o comportamento alimentar. Por fim, foram coletados os dados do questionário de frequência alimentar (QFA). A coleta de dados foi feita em Bauru e região de modo aleatório, por meio de divulgação da pesquisa por meios digitais. Não houve intervenção presencial. O tamanho amostral foi de 30 gestantes, em qualquer idade gestacional, com idade ≥18 anos e < 60 anos. Para a análise de correlação, utilizou-se o coeficiente de correlação de Pearson ou Spearman, caso as variáveis apresentem distribuição normal ou não-normal, respectivamente. O nível de significância adotado foi de 5% (p<0.05). Os resultados demonstraram que quanto maior a pressão pelo peso corporal, maior são os índices antropométricos das gestantes, assim como seu comportamento em relação ao alimento, expressando a prevalência da alimentação externa (social) e do maior consumo de alimentos ultraprocessados e refinados. Desenvolvida a pesquisa, evidenciou-se, de fato, a associação do comportamento alimentar com alterações de consumo alimentar em gestantes de Bauru/SP e região, bem como a identificação do padrão alimentar de consumo das gestantes e suas potenciais consequências no binômio mãe-filho.