PERFIL DOS PACIENTES AMPUTADOS E CARACTERÍSTICAS DAS PRÓTESES PRESCRITAS NO SETOR DE REABILITAÇÃO – INSS BAURU

Abstract

Introdução: Pode-se definir o termo amputação como sendo a retirada, geralmente cirúrgica, total ou parcial de um membro. Apesar de ser assustadora, a amputação deve ser encarada não como o fim do procedimento terapêutico e sim como uma nova etapa a ser entendida, assimilada e vencida. Objetivo: identificar o perfil dos pacientes amputados atendidos no estágio curricular de Fisioterapia em Prótese e Órtese na Universidade Sagrado Coração – USC, Bauru com sequelas de amputação, o qual envolve o atendimento fisioterapêutico na fase de pré e pós protetização. Como critérios de inclusão os pacientes atendidos no período de janeiro de 2010 a dezembro de 2015. Metodologia: A amostra foi composta de 277 pacientes. A coleta de dados foi realizada no setor de prontuários estágio curricular de Fisioterapia em Prótese e Órtese. Resultados e discussão: este trabalho apresenta que 90,97% pacientes eram do sexo masculino e 9,03 % do sexo feminino, em relação ao membro amputado, 80,49 % destas amputações ocorreram em membro inferior e 19,50 % em membro superior. A etiologia com maior incidência foi acidente com motocicletas com 41,90%. As prevalências dos componentes prescritos para prótese de membro inferior nesse período apresentaram o encaixe tipo anatômico flexível (transfemoral) com 82,72%, encaixe tipo KBM (transtibial) 65,52 %, joelho protético hidráulico policêntrico 43,70 % e pé dinâmico com 62,57 %. A prescrição de para próteses de membro superior apresentaram como resultados as próteses acionadas por tirantes com 91,30%, cotovelos mecânicos 100% e mãos mecânicas e estéticas com a mesma prevalência de 43,94%. Conclusão: A identificação de características de pacientes que sofreram amputações, e dos componentes de suas próteses auxiliam na parte clínica e possibilita aos profissionais da saúde atuar frente às ações educativas. Infelizmente, a maior parte das informações contidas nos protocolos ou questionários, atualmente, são perdidas pelo fato da ausência de um banco de dados informatizado e de fácil análise. Além disso, muitas vezes, essas informações são subestimadas pelas instituições de reabilitação.