CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE ÓLEO DE MACADÂMIA OBTIDO POR PROCESSOS DIFERENTESDE EXTRAÇÃO.

Abstract

A macadâmia é considerada uma noz verdadeira, juntamente com amêndoas, avelãs, castanhas, nozes e pistache, pois elas são frutas secas, espessas e muitas vezes contêm espinhos que recobrem a semente, apresentam elevado teor de lipídios (cerca de 40% a 60%), proteínas (8% a 20%), ácidos graxos, fitoesteróis que tem propriedades de reduzir os riscos de doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer, além de vitaminas. O Brasil esta em 6º lugar na produção mundial, com cerca de 3% da produção. A rentabilidade da macadâmiocultura, esta diretamente associada com a qualidade, por isso os cuidados com o manejo, variedades, controle de pragas, nutrição, colheita, e pós-colheita são essenciais. A macadâmia é conhecida como a noz mais rica em óleo de alta qualidade, o qual ajuda a equilibrar os níveis de colesterol, contendo diversos ácidos graxos, como o ácido palmitoléico (ômega 7), o oleico (ômega 9) que são importantes auxiliares na quebra de gorduras prejudiciais ao nosso organismo. Este óleo é altamente valorizado pela indústria de cosméticos, para formulação de hidratantes, e por laboratórios farmacêuticos como nutracêuticos. O objetivo deste trabalho foi a comparação físico-química de duas amostras de óleo de macadâmia obtidos por diferentes processos de extração: químico/quente feito por Soxhlet e mecânico por prensagem hidráulica. Foram utilizadas amostras de macadâmia estilo 6, seca e embalada a vácuo, a qual foi fornecida pela empresa QuennNut Macadâmia localizada na cidade de Dois Córregos. As análises efetuadas foram: umidade e voláteis a 105ºC, índice de refração, acidez em solução molar, em ácido oleico e índice de acidez, além do índice de peróxido. O óleo obtido por solvente à quente apresentou menor teor de umidade e voláteis, menor índice de acidez e menor índice de peróxido quando comparado com o óleo obtido por extração à frio sendo, considerado de melhor qualidade analítica. Entretanto a extração à quente mostra menor rendimento, cor mais escura e odor forte, além de ser um processo pouco viável industrialmente.