POSSÍVEIS EFEITOS TÓXICOS OU BENÉFICOS DO CONSUMO DE CHÁ VERDE (CAMELLIA SINENSIS L.) DURANTE A GESTAÇÃO DE FÊMEAS DE RATTUS NORVEGICUS.

Abstract

A Camellia sinensis é uma planta conhecida como chá verde ou chá da índia e tem como seus principais componentes químicos terapêuticos os flavonóides e as catequinas, que são potentes antioxidantes, quelantes de metais e inibidores da lipoperoxidação. O uso das plantas medicinais por gestantes vem aumentando, pois a maioria acredita que por se tratarem de substâncias naturais não apresentam riscos a sua própria saúde e a do feto, e acabam fazendo o uso indiscriminado dessas plantas sem conhecer suas ações farmacológicas. Contudo, algumas plantas são compostas por substâncias que podem causar desde alterações fetais até indução de aborto. Alguns autores demonstraram que a administração do chá da Camellia sinensis não representa riscos às fêmeas e não induz a anormalidades morfológicas no embrião. Este estudo teve como objetivo averiguar as possíveis alterações durante a prenhez em ratas (Rattus norvegicus) expostas ao chá verde (Camellia sinensis). Foram utilizadas 36 fêmeas prenhas, divididas em 4 grupos experimentais (grupo controle, grupo exp. 1, 2 e 3). As fêmeas dos grupos experimentais GE 1, GE 2 e GE 3 receberam chá verde por gavagem em diferentes concentrações (3,5, 7 e 14 mg/Kg, respectivamente) durante os cinco primeiros dias de gestação (período embrionário) e o grupo controle recebeu água por gavagem, no mesmo período. No 19º dia de gestação foi realizada a laparotomia (retirada dos fetos, além do útero) e em seguida, realizada a remoção dos órgãos fígado, rins e pâncreas para posterior análise. Mediante os resultados obtidos, observou-se que as fêmeas não apresentaram resultados significativos quanto a ganho de peso total, pontos de reabsorção, massas embrionárias, número total de fetos, corpos lúteos e análise de peso dos órgãos (fígado, rins e pâncreas) corroborando com alguns autores que apontam uma ausência de toxicidade do chá verde, independente de suas concentrações. Portanto, é possível constatar no presente trabalho que o chá verde não representa risco tóxico para as fêmeas.