QUALIDADE DE VIDA DOS PROFISSIONAIS EM ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR NA CIDADE DE BAURU

Abstract

Segundo o Ministério da Saúde, o Atendimento Pré-Hospitalar (APH) pode ser definido como a assistência prestada em um primeiro nível de atenção, aos portadores de quadros agudos, de natureza clínica, traumática ou psiquiátrica, quando ocorrem fora do ambiente hospitalar, podendo acarretar sequelas ou até mesmo a morte. Os serviços de APH são na maioria realizados pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e Corpo de BOMBEIROS da Polícia Militar. O objetivo deste estudo foi avaliar a Qualidade de Vida (QV) dos trabalhadores em Atendimento pré-hospitalar do SAMU e Resgate do Corpo de BOMBEIROS, na cidade de Bauru. Após aprovação do comitê de ética em pesquisa sob número 1.085.528, foram aplicados dois questionários, sendo um semiestruturado para caracterização sociodemográfica e o Instrumento SF-36 para avaliação da QV, em 51 trabalhadores, sendo 42 do SAMU e nove do Resgate, após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Os resultados apontaram a predominância do sexo masculino em 29 (69%) dos participantes do SAMU e 100% dos BOMBEIROS, com média de idade entre 32 e 50 anos. Ao serem questionados sobre o grau de satisfação quando conseguem salvar uma vida, 44 (86%) se dizem satisfeitos e sobre como procuram aliviar o stress 22 (43%) dizem realizar atividades com a família. Quanto a QV, o escore Capacidade Funcional apontou diferença estatisticamente significante entre os grupos, sendo 66% para o SAMU e 40% para os BOMBEIROS, evidenciando um desgaste físico maior para esse grupo. A família foi indicada como importante para o enfrentamento das dificuldades em suas vidas. Há necessidade de se programar atividades para melhorar a capacidade funcional dos BOMBEIROS, melhorando assim a qualidade de vida desse grupo.