AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA: O CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO SOBRE AVALIAÇÃO PUPILAR

Abstract

Este estudo foi realizado com o objetivo de avaliar o conhecimento do enfermeiro assistencial sobre a avaliação pupilar, nas Unidades de Terapia Intensiva de Adultos e de Emergência. Considerando que estas unidades são especializadas no atendimento a pacientes com alterações do nível de consciência esse trabalho teve uma abordagem quantitativa onde foram coletadas informações de 19 enfermeiros que atuam diretamente na assistência a pacientes graves em um hospital público da cidade de Bauru SP no período de 26 de setembro a 05 de outubro de 2014. Um questionário semiestruturado com perguntas abertas e fechadas foi elaborado com informações pessoais para traçar o perfil amostral, q mostra prevalência de sexo feminino (68,42%). Com relação à idade a média encontrada foi de 35,1 anos. A respeito das informações profissionais e tempo de formação houve uma oscilação entre 3 a 16 anos e a especialização profissional evidenciou que 57,89% são especialistas na área e atuam na mesma 1 mês a 10 anos. Foram elaboradas perguntas específicas sobre o conhecimento dos enfermeiros na avaliação pupilar as quais se referiam a parâmetros pupilares normais e anormais com base na medida do diâmetro pupilar sendo que 52,64% de erros, variação de forma que foi 68,43% de erros e reflexo foto motor ou foto reação com 100% de erro. Um questionário e entrevista constando perguntas, referentes à rotina de trabalho com perguntas sobre a existência de algum protocolo na instituição para a avaliação das pupilas sendo que 94% dos enfermeiros relataram não existir protocolo. Com relação aos materiais utilizados para a realização da avaliação diária 89,48% mencionaram a utilização de lanterna e ainda com relação à capacitação para prática, 100% dos entrevistados citaram enfermeiros em suas respostas. Quanto às dificuldades para a realização da técnica, 21,05% não responderam, referente à existência de impresso próprio para anotação de resultados 78,95% relataram não existir e sobre a realização de treinamento referente à importância da avaliação pupilar 94% dos entrevistados dizem não ter recebido algum tipo de treinamento ou capacitação e 94,74% acham importante à introdução do mesmo. Através dos resultados obtidos apresentados sob forma de tabelas e gráficos com dados amostrais absolutos e relativos, observou-se a necessidade da elaboração de protocolos institucionais efetivos e eficazes, sistematização da assistência e educação continuada no que se refere ao exame físico neurológico completo fazendo uma abordagem mais ampla além da avaliação pupilar.