Consumo de água gaseificada: efeito sobre a arquitetura óssea em grupos de ratos.

Abstract

Proposta: Estando a força mecânica do osso reduzida, existe uma maior probabilidade de fraturas, ocasionadas principalmente nos ossos submetidos a grandes forças tencionais. Em virtude do aumento progressivo da utilização de bebidas gaseificadas e do alto índice de fraturas na população o presente trabalho teve como objetivo estudar os efeitos da água gaseificada sobre a arquitetura óssea em grupos de ratos jovens, tendo como parâmetros a análise da resistência a força mecânica de tensão aplicada sobre o fêmur e dosagens laboratoriais séricas de cálcio e fosfatase alcalina. Métodos: Foram constituídos 4 grupos de ratos acompanhados por 60 dias após lactação e definidos como Grupo-I(prole A); foi oferecido água gaseificada industrializada, inclusive no período de gestação e lactência as ratas nutrizes, ao Grupo-II(prole-B), água gaseificada industrializada pós lactência, ao Grupo-III(prole-C) água não gaseificada industrializada e ao Grupo-IV(prole-D), água não gaseificada da torneira. A média, desvio padrão e número de observações dos resultados da resistência flexional de cada espécime (osso fêmur), assim como do cálcio e da fosfatase alcalina foram submetidos a Análise de Variância (ANOVA) enquanto que as comparações individuais obtidas para cálculo da diferença mínima significativa foi através do Teste de Tukey, com significância de 5,0%. Resultados: Os resultados mostraram que os animais submetidos ao tratamento com água gaseificada (Grupos A e B), apresentaram redução significativa da resistência mecânica femoral (p<0,05) e aumento significativo da fosfatase alcalina sérica (p<0,05). No grupo A, onde as ratas nutrizes também se utilizaram de água gaseificada, a redução do nível do cálcio sérico foi significativa (p<0,05). Conclusão: Os autores deste estudo concluíram que a utilização da água gaseificada favorece o desequilíbrio da arquitetura óssea sendo elemento facilitador de fraturas.