A OUTRA FACE DO FUNK: A REALIDADE POR TRÁS DO GÊNERO MUSICAL EM BAURU-SP

Abstract

O Funk tem origem nas regiões periféricas dos EUA, representa a música negra e, portanto, trata em suas letras da realidade dessas comunidades, seu cotidiano, causando certo “desconforto” a quem não faz parte desta realidade. No entanto, o Funk é ferramenta de representatividade das classes sociais subalternas, é um modo de expressão artística como qualquer outro. Quando chegou ao Brasil, o ritmo não perdeu a sua essência e continuou se alocando nas comunidades, ou seja, na periferia das capitais brasileiras, incumbido do seu legado de representatividade, dando voz àqueles que não tinham tanta liberdade de expressão, fazendo do gênero Funk uma forma de manifestação artística, uma nova cultura oriunda dos pobres, negros e favelados. Com o histórico associado a favela e a retratação das comunidades por meio das letras, o Funk logo ganhou o repúdio da sociedade e foi tachado de fazer apologia ao crime, sexo e drogas. Na mídia, a sua retratação não é diferente, não se mostra a verdadeira “face” do Funk, considerando que o ritmo tem vários subgêneros e, portanto, diferentes vertentes norteando-o. Na busca pela desmistificação desses rótulos que alguns grandes veículos de massa transmitem para a sociedade em geral, nasce a produção da grande reportagem televisiva “A Outra Face do Funk”, que tem como objetivo mostrar a socialização do Funk em Bauru, o Funk como manifestação cultural, suas características e a realidade dos adeptos do gênero. Para o embasamento adequado na execução dessa reportagem, desenvolveu-se uma pesquisa teórica que resultou neste relatório, elencando pontos essenciais para a estruturação da reportagem, como a história do Funk, características, o Funk e sua dimensão simbólica, o Funk como comunicação, televisão e produção jornalística para TV. O trabalho resultou na grande reportagem televisiva “A outra face do Funk”, estruturada de acordo com a produção de um telejornal