AVALIAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DOS AGRAVOS À SAÚDE DOS TRABALHADORES ATENDIDOS NO CEREST-BAURU NO DE ANO 2011

Abstract

Este estudo teve por objetivo avaliar epidemiologicamente os agravos à saúde dos trabalhadores atendidos no setor de Fisioterapia do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) no ano de 2011, no município de Bauru. A história da saúde do trabalhador no Brasil pode ser identificada no inicio dos anos 80 com doenças epidemiológicas, doenças profissionais clássicas, como intoxicação por chumbo, mercúrio, benzeno e silicone, além das “novas” doenças relacionadas ao trabalho, como a LER (lesões por esforços repetitivos). Na década de 90, ocorreu a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), o qual contemplou, como uma de suas áreas de atuação, a Saúde do Trabalhador, definido como um conjunto de atividades que se destina, através das ações de vigilância epidemiológica e sanitária, à promoção e proteção da saúde dos trabalhadores, assim como visa à recuperação e à reabilitação da saúde desses trabalhadores submetidos aos riscos e agravos advindos das condições de trabalho. A Política Nacional de Saúde do Trabalhador do Ministério da Saúde entrou em vigor em 2004, visando à redução dos acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, mediante a execução de ações de promoção, reabilitação e vigilância na área de saúde. Para a garantia da atenção integral à saúde dos trabalhadores, foi criado o CEREST, onde há serviços de média e alta complexidade, capazes de diagnosticar os agravos à saúde que têm relação com o trabalho e de registrá-los no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN-NET). O CEREST promove ações para melhorar as condições de trabalho e a qualidade de vida do trabalhador, por meio da prevenção e vigilância. Os dados do presente trabalho foram coletados a partir dos prontuários cedidos pelo CEREST de Bauru e alimentados em banco de dados. Os resultados obtidos mostram que, dos trabalhadores atendidos no CEREST, as mulheres foram as mais acometidas (64,71%), na faixa etária de 31-50 anos (65,88%), predominando o CID M65 (40%), que corresponde ao agrupamento de todas as Sinovites e Tenossinovites. O tratamento mais utilizado foi a Eletrotermoterapia (74,91%).