AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE HEMAGLUTINANTE EM FARINHA DE FEIJÃO BRANCO

Abstract

Uma das leguminosas mais pesquisadas da América Latina é o feijão comum Phaseolus vulgaris L, pois constitui um dos mais importantes componentes do prato de vários países pobres e também do Brasil por apresentar-se como uma fonte de proteína na dieta e pelo seu custo baixo em relação à proteína animal. O feijão recebe destaque também pela sua infinidade de outros componentes nutricionais benéficos a saúde humana como carboidratos, cálcio, ferro e zinco, tornando-se uma importante ferramenta na alimentação diária. Porém, apesar de todos esses pontos positivos, esta leguminosa também apresenta alguns fatores limitantes, como o fator de flatulência e os compontentes antinutricionais: inibidores proteases, taninos, fitatos e lectinas; que podem vir a interferir na sua qualidade nutricional. Como atualmente foi divulgado na mídia um modismo alimentar que faz uso da farinha de feijão branco para promover a perda de peso do individuo, sabendo-se dos riscos que estes fatores limitantes presentes no feijão podem causar. O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade hemaglutinante de hemácias na farinha de feijão-branco, utilizando diferentes amostras comerciais coletadas na cidade de Bauru e São Paulo a fim de avaliar o risco causado as células sanguíneas ao fazer sua ingestão. As amostras de feijões, assim como as de farinha de feijão branco promoveram hemaglutinação de eritrócitos de rato, e portanto apresentam lectinas. A diferença entre a capacidade hemaglutinante das farinhas, variou entre 2,2 e 142,5 U.H/mg proteína, e .pode ser atribuída ao método de fabricação que é desconhecido, bem como ao prazo de validade que em muitas das amostras é questionável, devido á precariedade no comércio: mercado e empório. É possível assim inferir que o ato de consumir a farinha de feijão branco pode ocasionar em efeitos fisiológicos prejudiciais ao sangue, além de provocar a ruptura das microvilosidades intestinais gerando uma má ou total inibição de absorção de nutrientes pelo intestino do individuo.