ESPECTROSCOPIA POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NO ESTUDO DA FIBROMIALGIA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Abstract

A fibromialgia é uma doença de causa desconhecida, que leva a dificuldades de locomoção, relacionamento pessoal e saúde mental. Seu diagnóstico é complicado e o tratamento é direcionado aos sintomas, podendo ser farmacológico ou não farmacológico. A espectroscopia por ressonância magnética (ERM) é um método não invasivo, que gera dados quantitativos em vez de imagens e cujo objetivo é detectar metabólitos considerados marcadores bioquímicos de determinadas doenças. Dentre os diferentes tipos de ERM, a que rastreia o P31, embora ainda não seja muito explorada, vem sendo utilizada para estudo da fibromialgia. Esse trabalho de conclusão de curso teve como objetivo reconhecer a opinião acadêmica sobre a utilização da ERM no estudo da fibromialgia. Para isso foi realizada uma revisão bibliográfica sobre o tema e quatro artigos científicos foram selecionados. Os trabalhos analisados deram ênfase na mensuração das concentrações de Pi, Pcr e PDE em músculos esqueléticos de pacientes com fibromialgia em comparação com grupos controles saudáveis. Houve um consenso em relação a aumento nos níveis de PDE, o que indica possíveis alterações na membrana das células musculares desses pacientes, porém, houve divergência sobre os demais metabólitos analisados. De forma geral, os autores concluem que a causa dessa alteração necessita de estudos mais aprofundados e também não se pode considerar esse metabólito um marcador bioquímico específico para fibromialgia. Considerando que todos os trabalhos procuravam alterações no órgão alvo da sintomatologia, ou seja, no músculo esquelético, enquanto estudos mais recentes já levantam a hipótese de alterações a nível de sistema nervoso central, fica clara a necessidade de novos estudos que procurem aplicar a ERM para identificação da origem do problema.