AVALIAÇÃO IMUNO-HISTOQUÍMICA DA AÇÃO DO Β - TRICÁLCIO FOSFATO (CERASORB®) PARA PREENCHIMENTO DE DEFEITOS PERI-IMPLANTARES CRÍTICOS

Abstract

O objetivo do estudo foi avaliar a efetividade do β-fosfato tricálcio no processo de reparo de defeitos peri-implantares, por meio da análise imuno-histoquímica. Quinze coelhos receberam 1 ostectomia em cada tíbia por meio de trefina de 6.1 mm de diâmetro. Em seguida, foram utilizadas as fresas lança e helicoidais no preparo dos leitos receptores e 1 implante foi instalado. Os defeitos ósseos foram preenchidos de acordo com os grupos: CO-coágulo sanguíneo; CERA - β-fosfato tricálcio (Cerasorb®). Os animais foram submetidos a eutanásia nos períodos de 15, 30 e 60 dias pós-operatórios. Em seguida, os espécimes foram submetidos ao processamento laboratorial de rotina e realizou-se a análise imuno-histoquímica para a expressão das proteínas osteoprotegerina (OPG), ligante do receptor ativador do fator nuclear кB (RANK-L) e fosfatase ácida resistente ao tartarato (TRAP). Os resultados mostraram que na comparação intragrupos, a expressão da OPG, no grupo CO foi diferente estatisticamente entre os períodos de 15 e 60 dias e 30 e 60 dias (p ≤ 0,001), observando menor expressão no período final. Já no grupo CERA, o período inicial apresentou maior expressão em relação 30 e 60 dias (p ≤ 0,001). Na avaliação intergrupos para essa proteínas, nos períodos de 15 e 60 dias, houve diferença estatisticamente significativa (p= 0,002), observando maior expressão para o grupo do biomaterial. A expressão de RANK-L, no grupo CO manteve-se em equilíbrio nos períodos estudados, em contrapartida, no grupo CERA houve diferença estatisticamente significativa entre os períodos de 15 e 60 dias (p=0,04). Na comparação entre os grupos, a expressão de RANK-L para o período de 15 dias, mostrou-se maior estatisticamente no grupo CERA quando comparada ao CO (p= 0,002). No balanço da expressão da TRAP, no grupo CO, o período de 30 dias apresentou-se menor, com diferença estatisticamente significativa, quando comparado com os grupos 15 e 60 dias (p ≤ 0,001). O grupo CERA, mostrou-se em equilíbrio, sem diferença estatística na comparação entre os períodos estudados. Na avaliação estatística intergrupos, notou-se diferença estatística, no período de 30 dias, sendo que a expressão de TRAP foi maior no grupo CERA (p = 0,026). Com esse estudo pode-se concluir que o biomaterial não foi totalmente degradado no período de 60 dias.