O EMPODERAMENTO DA SOCIEDADE ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO FINANCEIRA

Abstract

Com trabalho assalariado, tornou-se necessária a venda da força de trabalho, encarregando a escola em preparar uma mão de obra qualificada além de que, com a expansão do crédito no país negligenciou-se a necessidade de instrução tanto sobre as ferramentas de crédito quanto sobre orçamento financeiro à população, sendo assim, a educação financeira é a ferramenta central para fornecer aos cidadãos conhecimentos práticos sobre comportamentos que proporcionarão decisões mais assertivas em suas vidas. A pesquisa teve os objetivos de levantar e correlacionar o perfil socioeconômico do brasileiro com as medidas governamentais voltadas à educação financeira e avaliar a existência de possíveis benefícios relacionados à educação financeira. Por fim, a educação financeira pessoal torna-se primordial para a manutenção da vida na sociedade. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica com uma abordagem qualitativa, por meio da análise de dados disponibilizados pelos Órgãos Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). Quanto aos resultados e discussão, a média mensal real de rendimento de todos os trabalhos, os homens tiveram rendimentos 10,70% acima da média nacional, enquanto as mulheres 13,99% abaixo da média e a população parda e preta obteve rendimentos de 25,5% e 27,5%, respectivamente, inferiores à média nacional. Quanto a composição do rendimento médio mensal domiciliar per capita, o maior percentual é oriundo de todos os trabalhos, com 72,5% em 2019 o que evidenciou a importância do trabalho na sustentação das famílias. Quanto ao nível de instrução e os rendimentos, apontou uma relação positiva, pois, quanto maior o nível de instrução dos participantes maior foi seu rendimento mensal, atingindo R$ 5.108,00 para os que possuem ensino superior completo enquanto que pessoas sem instrução obtiveram uma média de rendimentos de R$ 918,00, cerca de 6 vezes menos que o primeiro. Ao analisar a razão do rendimento entre o 1% da população com os maiores rendimentos com metade da população com os menores rendimentos ficou evidente a desigualdade social que perpetua no país. Em relação à inadimplência, foi pontuado a falta de controle financeiro como justificativa, o que evidenciou a necessidade da implementação da educação financeira no cotidiano da população brasileira. A 6ª Semana ENEF realizada em 2019 contou com ações em escolas públicas do ensino fundamental com a introdução do tema nas escolas gerando a possibilidade de ensinar às crianças o valor do dinheiro, bem como desenvolver a noção de controle e, evitar problemas futuros. Portanto, a educação financeira é de suma importância, uma vez que proporciona conhecimentos relevantes para o cotidiano da população, e desta forma, contribuindo para a formação de indivíduos autônomos, seguros e conscientes, bem como uma sociedade saudável financeira e psicologicamente.