Padrões Bioquímicos como Ferramentas de Diagnóstico Precoce da Pré-eclâmpsia

Abstract

A pré-eclâmpsia é uma complicação grave da gestação, caracterizada por hipertensão arterial após a vigésima semana, associada a proteinúria e disfunções uteroplacentárias, sendo uma das principais causas de morbimortalidade maternofetal mundialmente. Apesar de fatores de risco como hipertensão crônica e diabetes mellitus serem conhecidos, a etiologia da doença permanece incerta, tornando o estudo de marcadores bioquímicos essencial para diagnóstico precoce e manejo da patologia. Este trabalho revisou a literatura sobre esses marcadores em bases como PubMed e Google Acadêmico, destacando parâmetros laboratoriais e biomarcadores angiogênicos, como o sFlt-1 e o PLGF, importantes na predição e classificação da doença. A evolução da pré-eclâmpsia inclui uma fase de placentação anormal, com invasão trofoblástica deficiente, e uma fase de manifestações sistêmicas, resultando em disfunções endoteliais. Análises como a razão sFlt-1/PLGF, creatinina sérica, ácido úrico e enzimas hepáticas (AST e ALT), quantificação da proteinúria, contagem de plaquetas mostrou alta sensibilidade para o diagnóstico precoce e posterior monitorização da doença. O estudo ressalta a importância de protocolos de triagem que incluam exames laboratoriais regulares no pré-natal, permitindo intervenções terapêuticas precoces, como o uso de aspirina em baixa dose e sulfato de magnésio, contribuindo para reduzir complicações maternas e neonatais e melhorar a taxa de sobrevida.