REPERCUSSÕES DO ATENDIMENTO FISIOTERAPÊUTICO EM PACIENTES SUBMETIDOS À VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA

Abstract

Introdução: A fisioterapia respiratória se inova a cada dia, principalmente dentro da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde as tecnologias e recursos são atualizados e modificados periodicamente para oferecer melhor assistência ao paciente crítico. Cada vez mais, o fisioterapeuta respiratório é reconhecido e exigido dentro das UTIs e muitos estudos estão sendo publicados nessa área. Um dos recursos usados pelos fisioterapeutas nessa unidade é o ventilador mecânico (VM) com o intuito de manter a via aérea pérvia do paciente como também estabilizá-lo ou melhorar sua capacidade respiratória. São nítidos os benefícios respiratórios por meio da fisioterapia desde que a técnica seja bem empregada e se leve em consideração o estado geral do paciente, as indicações e contraindicações. No entanto, torna-se necessária a divulgação de resultados das repercussões do atendimento fisioterapêutico em adultos submetidos à VM. Objetivo: Mostrar os benefícios do tratamento fisioterapêutico respiratório em pacientes internados na UTI e sob ventilação mecânica invasiva (VMI). Métodos: Foi avaliado o primeiro atendimento fisioterapêutico de pacientes com idade menor que 60 anos sob VMI internados na UTI da Associação Hospitalar de Base de Bauru que foi registrado em 86 fichas padronizadas e completas no período dos anos de 2008 e 2009. Após seleção, essas fichas foram divididas em 2 grupos, conforme a patologia evidenciada no diagnóstico médico, em: circulatório e neurológico. Os dados foram analisados pelo teste t de student para amostra pareada e independentes (p<0,05), sendo, apresentados de forma descritiva em média±desvio padrão. Resultados: A partir de uma avaliação geral, observou-se ao final do atendimento fisioterapêutico que houve redução na frequência respiratória do VM (FRv) e na fração inspirada de oxigênio (FiO2). Em uma análise separada dos grupos circulatório e neurológico, observou redução na FRv somente no grupo circulatório e da FiO2 nos dois grupos. A partir da comparação entre os grupos circulatório e neurológico, pode-se observar inicialmente uma FiO2 mais elevada no grupo circulatório e do tempo inspiratório no grupo neurológico; a checagem das mesmas variáveis finais demonstrou frequência cardíaca mais elevada no grupo circulatório e da FRv no grupo neurológico. Conclusão: Essa pesquisa visou contribuir com mais informações sobre as alterações cardiorrespiratórias decorrentes do atendimento fisioterapêutico em pacientes com diferentes características clínicas. O tratamento fisioterapêutico na UTI propicia repercussões positivas para os pacientes de diversas patologias admitidos neste setor com respostas diferenciadas para cada caso.