CAPACIDADE FUNCIONAL: PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS EM IDOSOS DO CENTRO-OESTE PAULISTA

Abstract

O objetivo foi verificar o nível de capacidade funcional e associar com variáveis demográficas, caracterização do trabalho, estilo de vida, morbidade referida e sintomas musculoesqueléticos. Foi realizado estudo populacional com amostragem por conglomerado em dois estágios, totalizando 600 participantes da zona urbana de Bauru, São Paulo. Para coleta de dados foram realizadas entrevistas domiciliares, utilizando: protocolo multidimensional (aspectos demográficos, socioeconômicos, caracterização do trabalho, estilo de vida, morbidade referida e sintomas músculoesqueléticos) e escalas de Atividade de Vida Diária (AVD) de Katz e as Instrumentais de Vida Diária (AIVD) de Lawton. Realizaram-se análises descritivas, bivariada e multivariada por regressão logística. Resultados indicam que: 1. a prevalência de incapacidade para AVD foi de 18,0%, já para AIVD foi de 15,4% e para AVD/AIVD de 27,5%; 2. a incapacidade para AVD associou-se com ser viúvo/separado (p=0,02), relatar dor nos últimos 12 meses (p=0,001), trabalhar sentado (p=0,04) e em pé (p= 0,01); 3. a dependência funcional para AIVD associou-se ao grupo etário acima de 70 anos (p = 0,01), dor nos últimos 12 meses (p = 0,001); 4. a dependência para AVD/AIVD foi associada ao grupo etário acima de 70 anos (p = 0,01), com dor nos últimos 12 meses (p =0,001) e viúvos/separados (p =0,01). As características identificadas que se associaram com a incapacidade para as AVD, AIVD e AVD/AIVD sugerem uma complexa rede causal, sendo necessárias ações preventivas especificamente voltadas para os fatores de riscos, propiciando benefícios para o prolongamento do bem estar da população idosa.