NIVEL DE INFORMAÇÃO SOBRE TRANSPLANTES DE ÓRGÃOS E TECIDOS

Abstract

Atualmente existem duas maneiras de doação de órgãos. Uma ocorre quando o potencial doador se encontra vivo e a outra quando o potencial doador for diagnosticado com morte encefálica através de exames laboratoriais e de imagem. É necessário que a população possua o conhecimento sobre o processo de transplantes de órgãos, para que possa ocorrer o aumento da porcentagem de transplantes realizados no Brasil, pois a família do doador morto é a responsável pela aprovação da doação de órgãos. O objetivo deste trabalho é verificar o nível de informação dos funcionários de uma instituição de ensino superior privada sobre transplante de órgãos e tecidos.Foi realizado uma pesquisa exploratória, descritiva, e com abordagem quantitativa, o campo de pesquisa foi uma instituição de ensino superior privada, localizada no interior de São Paulo. Foram abordadas 45 pessoas no ambiente de trabalho. Posteriormente foi aplicada uma entrevista semiestruturada, onde as respostas foram gravadas pelo entrevistador, e seguidamente as informações colhidas foram transcritas, e subsequentemente os dados foram agrupados por semelhança e demonstrados através de gráficos e tabelas com frequências totais e relativas. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da Universidade do Sagrado Coração, e posteriormente foi aprovada pela direção da instituição antes de ser apresentada para os funcionários. Participaram do estudo 30 funcionários, sendo 15 do sexo masculino e 15 do sexo feminino, com cargos distintos, os abordados que não quiseram participar alegaram ter vergonha ao falar, relataram não ter conhecimento sobre o assunto e entre outros motivos. De acordo com os resultados encontrados foi possível evidenciar que, as questões abordadas nesse estudo são de extrema relevância, e nos apontou que a população estudada necessita aumentar o nível de informações em alguns aspectos que remetem o conhecimento sobre o sistema de doação e transplante de órgãos. Analisando as respostas dadas, pôde-se compreender que as pessoas não acreditam que o sistema de transplante seja confiável e seguro, os entrevistados têm dúvidas de como se tornar um doador, não possuem o conhecimento sobre o tempo de retirada e armazenamento dos órgãos, falta conhecimento em relação à morte encefálica, e sobre todos os órgãos que possam ser doados, mas reconhecem que a autorização da doação dos órgãos deve ser da família. O maior percentual de entrevistados expressou a vontade em ser um doador ou autorizaria a doação de órgãos de um parente, também declararam que a escolha do receptor acontecia através da fila única de transplante.