RESISTÊNCIA A ANTIMICROBIANOS EM ENTEROBACTÉRIAS: A EVOLUÇÃO DAS β-LACTAMASES

Abstract

O uso indiscriminado de antimicrobianos tem contribuído para a disseminação de mecanismos de resistência bacteriana, a qual interfere no tratamento efetivo das infecções por estes agentes, principalmente em ambientes hospitalares. O desenvolvimento de resistência, além de determinar uma menor eficácia à ação terapêutica, também representa um grande risco à saúde pública. O termo resistente se refere a àqueles micro-organismos que não apresentam uma eficiente e desejada resposta clínica ao tratamento. Isso pode ser decorrente do uso indiscriminado de antibióticos, o que inquestionavelmente exerce uma pressão seletiva. Dentre os mecanismos utilizados pelos micro-organismos para alcançar este fim, podemos destacar as enzimas β-lactamases, que são produzidas por diversas bactérias, entre elas as enterobacterias . A produção dessa enzima catalisa a hidrólise do anel β-lactâmico, causando a inativação do antibiótico β-lactâmico. A disseminação das enzimas ESBL (β-lactamases de amplo espectro) entre as bactérias da família Enterobacteriaceae vem ganhando destaque mundialmente devido a sua grande incidência em infecções relacionadas com a assistência à saúde (IRAS). No Brasil, a produção de ESBL por enterobacterias é alarmante, devido ao surgimento e identificação de diversas variantes, entre elas TEM, OXA e SHV. Hoje, a maior preocupação paira sobre o advento das carbapenemases, que impedem o sucesso do tratamento de infecções por qualquer β-lactâmico. Este trabalho teve como objetivo realizar um levantamento bibliográfico a respeito da evolução das β-lactamases no ambiente hospitalar. Isso foi possível através de consultas literárias em bases científicas de dados, pesquisa em sites governamentais na rede mundial de computadores, entre outros materiais que também foram essenciais para a formação do trabalho.