VERIFICAÇÃO DE Cryptococcus neoformans EM FEZES DE POMBOS EM UMA ESCOLA PÚBLICA DO MUNICÍPIO DE BAURU (SP)

Abstract

Os pombos atualmente representam uma grande ameaça a saúde pública do Brasil e inúmeros países pelo mundo. Além de transmitirem doenças causam muitos danos ambientais. Uma das principais doenças trazidas pelos pombos é a Criptococose, devido a inalação de leveduras. Esta doença é causada pelo fungo Cryptococcus neoformans. Uma infecção primária nos pulmões é a primeira ação do fungo, porém é quase sempre assintomática, sendo detectada apenas em radiografia de tórax de rotina. A consequência dessa doença pode ser patologias mais graves e severas como a meningite e pneumonia. O objetivo deste trabalho foi efetuar o levantamento de Cryptococcus neoformans em fezes de pombos em uma escola pública e de uma universidade particular do município de Bauru (SP). Foram coletadas amostras do município de Bauru (SP), em quadras esportivas (coberta e descoberta) de uma escola estadual no bairro Parque São Geraldo, e como controle, amostra no estacionamento de uma Universidade privada.O experimento foi realizado logo após a coleta. Para a pesquisa de fungos, um grama do triturado de fezes foi misturado a 20 mL de soro fisiológico 0,9% estéril, acrescido de 200 µL de tetraciclina. Esta suspensão foi homogeneizada por 10 minutos vigorosamente e mantida em repouso por 30 minutos em temperatura ambiente. Alíquotas de 100 µL do sobrenadante foram semeadas em tubos contendo ágar Sabouraud-dextrose, incubados a 30ºC por sete dias.Após o crescimento de colônia fúngica, foi realizado novo repique em ágar Sabouraud-dextrose e novamente incubado a 30ºC por 48 horas. Este foi isolado e utilizado na identificação de gênero e espécie.Para a identificação da espécie isolada inicialmente foi realizado esfregaço em lâmina com posterior coloração por Gram. Após análise microscópica da lâmina corada, foi realizado provas para identificação, conforme o resultado. As amostras coletadas na escola e na USC apresentaram resultados negativos para Cryptococcus neoformans. Apesar da presença de pombos nos locais, na escola há a retirada das fezes continuamente, de acordo com as orientações da direção, o que auxilia no ambiente mais saudável para crianças e adolescentes.