AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES MUTAGÊNICA E ANTIMUTAGÊNICA DE EXTRATOS ALCÓOLICOS DE MELISSA OFFICINALIS: PELO TESTE DE MICRONÚCLEO EM CÉLULAS BINUCLEADAS, EM LINFÓCITOS HUMANOS

Abstract

Melissa officinalis é conhecida popularmente como erva cidreira e vem sendo muito utilizada pelos seus efeitos terapêuticos no tratamento de moléstias. Entretanto, o seu efeito tóxico é pouco abordado em estudos científicos. Assim o presente estudo teve como objetivo investigar as atividades mutagênicas e antimutagênicas de extratos alcóolicos de Melissa officinalis, em linfócitos humanos,através do teste de micronúcleo em células binucleadas. Para realizar o teste, foi coletado sangue periférico de 4 voluntários,e colocados em meio RPMI, com soro fetal bovino, fitohemaglutinina A, penicilina-estreptomicina, e depois incubado a 37ºC por 6 horas. Após esse período, os tratamentos de mutagenicidade e antimutagenicidade foram realizados. Tendo como Controle Negativo (30 µL de dimetilsulfóxido - DMSO), Controle Positivo (1 µg/mL de metilmetanosulfonato - MMS),Extrato Etanólico de M. officinalis (EE - 100µg/mL), Extrato Metanólico de M. officinalis (EM - 100µg/mL), Extrato etanólico de M. officinalis + MMS (EE -100µg/mL + 1 µg/mL de MMS), Extrato metanólico de M. officinalis + MMS (EM - 100µg/mL + 1 µg/mL de MMS) por 72 horas. Para o teste de viabilidade celular foram utilizados 10 uL da suspensão celular. As lâminas para análise de micronúcleo em células binucleadas foram preparadas por gotejamento, coradas com Giemsa a 8% e a análise foi realizada em microscópio de luz, com aumento final de 400x, contando em média 400 células binucleadas. A viabilidade celular foi superior a 99% em todos os tratamentos, indicando inexistência de citotoxicidade dos extratos de Melissa officinalis testados em linfócitos humanos. No teste de micronúcleo EM e EE não apresentaram efeito genotóxico. Na antigenotoxicidade o EM e EE não protegeram o DNA da ação do MMS.