AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES MUTAGÊNICA E ANTIMUTAGÊNICA DE EXTRATOS ALCÓOLICOS DE Lippia alba EM LINFÓCITOS HUMANOS, PELO TESTE DE MICRONÚCLEO EM CÉLULAS BINUCLEADAS

Abstract

Atualmente, o uso de extratos naturais como fármacos tem tomado grandes proporções, pois concilia seu baixo custo, com sua grande eficiência. A erva-cidreira Lippia alba, conhecida também como cidreira-de-arbusto, é uma das plantas que mais se destaca, devido seu grande potencial terapêutico, podendo ser utilizada desde o tratamento de um resfriado, até mesmo como sedativo. Alguns estudos comprovam a eficácia de substâncias presentes no óleo essencial extraído da Lippia alba. Também observam-se efeitos ansiolíticos, citostáticos, anticonvulsivantes e antiulcerogênicos atribuídos a esta planta. Neste estudo, foram realizadas as análises de viabilidade celular pelo Método de Exclusão de Azul de Trypan, de mutagenicidade e antimutagenicidade dos extratos etanólico (EE - 100 µg/mL) e metanólico (EM - 100 µg/mL) de Lippia alba, respectivamente, associados ou não ao agente indutor de dano metilmetanosulfonato (MMS - 1 µg/mL) por meio de ensaios de micronúcleo em células binucleadas em culturas de linfócitos humanos. Para isto, foram coletadas amostras de sangue periférico de 2 indivíduos adultos, saudáveis, do sexo masculino. A viabilidade celular foi > 99% em ambos tratamentos, indicando que os extratos de Lippia alba não interferem na viabilidade. Já as análises de micronúcleos indicam que os extratos não são mutagênicos, pois o número de células com micronúcleos não se diferenciou estatisticamente do controle negativo (dimetilsulfóxido - DMSO - 30µL). Os resultados para antimutagenicidade também não foram significativos. Desta forma, sugere-se que os extratos etanólico e metanólico de Lippia alba não induzem dano ao material genético, e também não protegem o material genético perante danos induzidos por MMS.