PERFIL DE SENSIBILIDADE DE ENTEROBACTÉRIAS ISOLADAS DE CISTITES FRENTE A ANTIBIÓTICOS DE USO CLÍNICO

Abstract

As infecções do trato urinário (ITUs) são usualmente causadas por bactérias Gram-negativas, sendo a Escherichia coli a mais comum, seguida por Klebsiella, Proteus, Enterobacter. São classificadas de acordo com a localização: baixa (cistite) e alta (pielonefrite) e quanto à presença ou não de fatores complicadores: ITU complicada e ITU não complicada. Acometem grande parte da população, sendo comumente elevada no sexo feminino. Os microrganismos possuem capacidades de resistência, sendo apontada como um problema com relação ao uso desenfreado de antibióticos. Uma ITU só é significativa quando a contagem de bactérias é maior ou igual a 100.000 UFC/mL (Unidades Formadoras de Colônia). Nosso objetivo foi verificar o perfil de sensibilidade de linhagens isoladas de ITU frente aos antibióticos comumente utilizados no tratamento, visando relacionar a resistência bacteriana ao uso em grande escala de antibióticos, com a susceptibilidade dos microrganismos. Foi feito levantamento de dados, analisando 200 uroculturas positivas, provenientes do Laboratório de Análises Clínicas da Universidade do Sagrado Coração. Os dados obtidos foram de 200 pacientes, dentre eles 86,5% mulheres e 13,5% homens. Os gêneros mais frequentemente isolados foram Escherichia coli, Proteus penneri e Serratia liquefaciens, com prevalência de 69,5% de E. coli. O percentual de linhagens sensíveis foi maior para Ceftadizima (98,5%), seguido por Imipenem (98%) e Cefepime (97%). O percentual de resistência foi de 62% para Ampicilina, 31% para Cefalotina e 27,5% para Sulfametoxazol/Trimetoprim.