O uso de dióxido de cloro no tratamento de águas.

Abstract

A qualidade da água de consumo humano pode afetar a saúde ou o bem estar de uma comunidade de várias formas. A água é um dos elementos essenciais para a sobrevivência do ser humano e por conta disso, necessita de um tratamento rigoroso que garanta a sua qualidade e evite a disseminação de graves doenças entre a população. A desinfecção da água potável é de total importância para evitar a transmissão de doenças. Além do potencial de inativação de micro-organismos, a escolha de um desinfetante deve levar em consideração o potencial de formação de subprodutos da desinfecção (SPD), alguns de toxicidade comprovada, e a capacidade de manutenção de residuais estáveis no sistema de distribuição. A desinfecção da água pode ocorrer por meio de métodos químicos, como cloração, no qual o cloro ainda é o método mais utilizado, ou por métodos físicos, como a radiação ultravioleta e a filtração por membranas. As formas mais comuns de desinfecção da água são: ozonização, dosagem de hipoclorito, cloração e lâmpada de ultravioleta. A cloração da água quando realizada com cloro gás, favorece a formação de trihalometanos (THMs), e esses compostos têm sido identificados como cancerígenos; entretanto, é possível fazer o controle dos THMs através da remoção de compostos precursores (matéria orgânica) antes de sua reação com o cloro. Sendo que esse processo é feito no tratamento convencional (coagulação, floculação, decantação e filtração). A utilização do dióxido de cloro ainda é restrita devido a sua facilidade de explosão, a sua produção in situ e também pelo seu custo operacional, que é mais elevado do que a cloração por espécies gasosas. Sendo assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento do dióxido de cloro como agente oxidante no tratamento de águas de abastecimento