DETERMINAÇÃO DE LIPÍDIOS EM DIFERENTES VARIEDADES DE ABACATE

Abstract

O óleo de abacate apesar de possuir componentes valiosos do ponto de vista nutricional, ainda é pouco conhecido entre os brasileiros. A expansão do seu consumo é justificada por suas qualidades organolépticas, valor nutritivo e riqueza em vitaminas. Em comparação com outras frutas, a composição média da polpa do abacate apresenta um extrato seco elevado, rivalizando-se ao da oliva, rica em óleo. A composição dos ácidos graxos presentes no óleo de abacate assemelha-se muito à composição do óleo de oliva, porém não é possível o seu consumo sem uma refinação prévia. A matéria graxa constitui um dos principais componentes de sua polpa, apresentando grande quantidade de ácidos graxos poliinsaturados (essenciais), como linoléico (ômega 3) e linolênico (ômega 6), além do ácido graxo monoinsaturado oléico (ômega 9) que é predominante. A inclusão desses ácidos graxos, presentes no óleo de abacate, na dieta apresenta efeitos benéficos para a saúde do consumidor, em relação à prevenção de doenças cardiovasculares. Deve ser extraído quando os frutos estão maduros, isto é, com consistência mole, que é quando apresentam teores mais elevados de óleo. O principal obstáculo para obtenção do óleo é o alto teor de umidade que afeta o rendimento da extração. O objetivo deste trabalho foi determinar o teor de lipídios entre duas variedades de abacate com estágios de maturação diferentes, através da metodologia recomendada pela AOAC (Association of Analytical Chemists), utilizando o aparelho Soxhlet e éter de petróleo como solvente extrator. A extração foi feita em matéria seca, obtendo um resultado de 73,76% de matéria graxa na variedade de abacate Hass e 51,24% de matéria graxa na variedade Margarida.