OBTENÇÃO DE ETANOL A PARTIR DA CELULOSE

Abstract

Os combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás) são as principais fontes de energia; além de ser utilizados como insumos para uma grande variedade de produtos químicos, como a gasolina e o óleo diesel. Entretanto, são recursos naturais finitos e causam impactos ambientais negativos, como o aquecimento global. Os biocombustíveis são derivados de biomassa renovável que podem substituir os combustíveis fósseis, podendo ser produzido a partir de diversas espécies vegetais. Esse tipo de combustível é pesquisado desde o século 20, principalmente na Europa e está inserido no Brasil há mais de 80 anos. Um dos objetivos dos biocombustíveis é diminuir a dependência dos recursos não renováveis e reduzir os impactos ambientais. As matérias-primas mais utilizadas na obtenção de etanol de segunda geração são: bagaço e palha da cana de açúcar, resíduos do sorgo sacarino, palha e sabugo de milho entre outros. Os diferentes tipos de biomassa lignocelulosicas são constituídos de três principais partes: celulose (35-50%), hemicelulose (20-35%) e lignina (10-25%), e apresentam características químicas similares as da madeira, mas com diferentes quantidades percentuais dependendo do tipo de biomassa. Para produzir etanol a partir da biomassa é necessário que a matéria-prima seja submetida a um pré-tratamento que desorganiza o complexo lignocelulósico. A obtenção de etanol a partir de materiais lignoselulosicos reduz a queima dos mesmos em caldeiras diminuindo assim a emissão de gases poluentes, tem-se a mesma área plantada, mas com melhor aproveitamento de resíduos causando um menor impacto ambiental.