AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DO IMAZAMOX NO CONTROLE DE MICROCYSTIS AERUGINOSA E NA PRODUÇÃO DE MICROCISTINAS

Abstract

Em muitos lagos eutrofizados, cianobactérias formam florações com alta toxicidade em função da produção de toxinas. Os problemas mais importantes relacionados a cianobactérias devem-se a florações com produção de microcistina, um peptídeo cíclico que pode apresentar diferentes configurações. O gene que codifica a produção de microcistina está restrito a cianobactérias e os principais gêneros a portá-lo são Anabaena, Microcystis e Planktonthrix. A expressão do gene e, conseqüentemente, a acumulação do seu produto que é a microcistina, é variável em diferentes gêneros, espécies e linhagens de cianobactérias, além de ser altamente influenciado pelo ambiente. Desse modo, a presença de organismos com potencial produção de toxinas não é suficiente para garantir que a toxina está presente na água. O problema se torna ainda mais complexo quando se considera que há um total de 64 diferentes tipos de microcistinas já identificados, sendo possível que alguma nova configuração ainda venha a ser descoberta. Com isso esse estudo visou desenvolver procedimentos de laboratório para a quantificação de cianobactérias, e tambem avaliar o potencial do uso de herbicidas inibidores da Aceto-Lactato-Sintase no controle da produção dos aminoácidos necessários à produção de microcistina e, consequentemente, da própria toxina, e através dos resultados obtidos nos experimentos realizados no laboratório da Unesp em Botucatu-SP, mostrou que o imazamox inibiu o acumulo de leucina e isoleucina, mas não reduziu o acumulo na produção da toxina.