PRODUÇÃO DE ETANOL A PARTIR DO AMIDO DE MANDIOCA E BATATA-DOCE

Abstract

Atualmente a agroindústria açucareira é a responsável pela produção brasileira de etanol para fins carburantes, industriais, porém, quaisquer matérias-primas vegetais, ricas em açúcares, amido ou celulose, constituem fontes para produção de etanol. Este trabalho objetivou estudar a composição e a estrutura da mandioca e da batata-doce, a fim de serem utilizadas como matéria-prima para a produção de etanol; além de pesquisar os principais processos utilizados na fermentação alcoólica. Umas das alternativas para o aumento da produção de etanol é o uso de matérias-primas amiláceas, como a batata-doce e a mandioca, por apresentarem alto teor de amido. O amido é um polímero composto de amilose e amilopectina em concentrações diferentes em função de sua origem botânica. A amilose é composta de unidades de glicose polimerizadas por ligações glicosídicas α–1,4, de forma linear. A amilopectina é um polímero onde as unidades de glicose estão unidas por ligações α–1,4 e α–1,6 em configuração ramificada. O amido não é disponível à levedura alcoólica e necessita de uma transformação a mono e dissacarídeos fermentescíveis, que pode ser realizada utilizando amilases como catalisadores no processo de hidrólise. Esta etapa é imprescindível para disponibilizar os açúcares redutores requeridos à fermentação. No processo fermentativo utiliza-se a Saccharomyces cerevisie para a conversão da glicose em etanol e a condução do processo pode ser por batelada, batelada alimentada ou contínuo. Cada processo apresenta vantagens e desvantagens; a batelada é um processo onde o risco de contaminação é baixo, porém perdese muito tempo para que se obter o produto desejado, já no batelada alimentada o rendimento de etanol é maior; no caso do processo continuo o rendimento é elevado, porém o risco de contaminação é alto devido a não higienização das dornas.