REMOÇÃO ELETROQUÍMICA DE COBRE EM CACHAÇA

Abstract

A cachaça, bebida genuinamente brasileira, como outras bebidas destiladas pode conter elementos metálicos devido ao processo de destilação em alambiques de cobre. Durante o tempo em que o alambique não está em uso, ocorre a formação de carbonato de cobre [CuCO3.Cu(OH)2] em suas paredes internas. Essa mistura solúvel é dissolvida pelos vapores alcoólicos ácidos, no processo de destilação, contaminando a bebida. O cobre é um nutriente essencial ao funcionamento de importantes sistemas enzimáticos no organismo humano. Entretanto o seu consumo deve ser bem controlado, pois um excesso pode resultar em graves níveis de toxicidade. A legislação brasileira estabelece que a quantidade de cobre presente na cachaça não deve exceder ao limite de 5 mg/l. Em níveis internacionais o teor de cobre deve ser no máximo de 2 mg/l, o que vem sendo uma limitação para expandir o consumo do produto brasileiro no mercado externo. Estudos desenvolveram processos para a remoção de cobre da cachaça, através do emprego do carvão ativado, mas nesse caso, outros produtos que lhe conferem aroma e sabor, como ésteres e alcoóis superiores, são também adsorvidos pelo carvão,resultando em uma baixa qualidade da bebida. Este trabalho propõe uma sugestão metodológica, utilizando os conceitos de eletroquímica, cujo processo de eletrólise não coloca nenhum outro produto em contato com a bebida, removendo apenas íons metálicos presentes. Utilizando eletrodos e uma fonte de energia elétrica externa adequados, o cobre poderá ser removido, em até 100%, por eletrodeposição.