TALIDOMIDA: revisão de suas propriedades físicoquímicas e farmacológicas

Abstract

A talidomida, descoberta na Alemanha Ocidental, em 1954, mostrou vários efeitos terapêuticos antieméticos, sedativo e hipnótico. De 1959 a 1962 foram conhecidas cerca de 12.000 crianças nascidas com defeitos teratogênicos. Seu uso foi, conseqüentemente, suspenso. Entretanto, a mesma voltou a ser utilizada e verificouse efeito benéfico no eritema nodoso leprótico. A talidomida é derivada de ácido glutâmico, é completamente absorvida pelo trato gastrintestinal e rapidamente convertida em vários metabólicos. A ligação às proteínas plasmáticas é de 94% a 96%. O fármaco e seus metabólicos são excretados principalmente pela urina. Tem ações antiinflamatórias, imunomoduladora e antiangiogênica. O principal efeito adverso é teratogênico, como alterações nos membros, orelhas, olhos e órgãos internos. Supõe–se que esses efeitos teratogênicos decorram da ação antiangiogênica. Outros efeitos adversos: cefaléia, secura da pele e da mucosa da boca, prurido erupção cutânea, aumento de peso e hipotensão. Interage com outros fármacos: barbitúrico, clorpromazina, reserpina, álcool, serotomina e prostaglandina. O presente trabalho decorre sobre as propriedades farmacológicas e físico-químicas da talidomida, bem como alguns métodos de análise aplicados à determinação do fármaco.