NACIONALISMO E COSMOPOLITISMO: ANÁLISE DA CRISE EUROPEIA DE REFUGIADOS

Abstract

O presente trabalho analisa a entrada em massa de refugiados muçulmanos na Europa, devido aos conflitos civis no Oriente Médio, especialmente na Síria. O objetivo desta análise visa relacionar a presença de refugiados muçulmanos no continente europeu com a islamofobia e com o ressurgimento de movimentos nacionalistas, também sugerindo a hipótese de que este fator pode aumentar a popularidade de partidos políticos de extrema direita, que são anti-imigração. Esta pesquisa de método qualitativo analisa o fenômeno da migração em massa na Europa através das teorias do nacionalismo e cosmopolitismo, dando atenção às opiniões de vários países europeus, como a Alemanha, França e Hungria. Quanto à teoria cosmopolita, é preciso averiguar o lugar que o refugiado possui em qualquer sociedade, tendo em mente a suposição teórica do cosmopolitismo de que todos os indivíduos da Terra são iguais uns aos outros. Das duas teorias, somente uma delas é capaz de explicar como os refugiados serão tratados na Europa num futuro próximo. Os resultados evidenciam que a crise de refugiados muçulmanos influencia a ascenção de movimentos nacionalistas europeus, que por sua vez são influenciados pela ascenção da extrema direita. Ambos os grupos possuem um forte discurso islamofóbico. As conclusões determinam que a teoria que melhor explica a situação dos refugiados na Europa é a teoria nacionalista, visto que, por serem muçulmanos, muitos europeus vêem os refugiados como invasores, terroristas, e não como irmãos e irmãs habitantes do mesmo planeta, que possuem o direito de serem bem vindos em qualquer lugar, como propõe a teoria cosmopolita.