MULHER, POLÍTICA E MÍDIA: UM OLHAR SOBRE A PRESENÇA FEMININA NA ESFERA PÚBLICA

Abstract

Analisando o quadro atual da política brasileira, surgiu a reflexão sobre o “porquê” de termos poucas mulheres na política. O Brasil atravessa um momento especial para as mulheres, já que temos no topo da administração pública a presidente Dilma Roussef. Isso foi um grande salto, mas ainda está longe de ser o ideal. A mulher, ainda hoje, tem dupla jornada, a educação dos filhos, e o trabalho fora de casa, sem contar aspectos biológicos como TPM, menopausa e as questões hormonais. No estudo realizado, considerarmos vários aspectos como o preconceito enfrentado pelas mulheres, pois, até pouco tempo atrás muitas tinham que seguir a determinação de suas famílias que as colocavam em conventos ou escolhiam seus maridos. A mulher poucas vezes teve a merecida atenção quando teve de ser ouvida, sendo submetida às regras da sociedade. A mulher pertencente às classes menos favorecidas sempre sofreu e ainda sofre preconceito, discriminação por sua etnia, entre outros fatores, sendo que são elas que mais saem à luta, reivindicando seus direitos. Os veículos de comunicação que exercem grande poder na formação das opiniões também deixam a desejar. A mídia não tem o interesse de colocar em evidência mulheres batalhadoras, guerreiras, que se envolvem com política, isso não seria valor-notícia. A época da ditadura militar atrasou muito a vida política do País, principalmente, das classes que estavam em ascensão, o que inclui as mulheres. As mulheres só começaram a exercer seu ato político em 1932, quando foi garantido o direito delas ao voto, mas com restrições. No trabalho que se apresenta, poderão ser acompanhadas entrevistas de duas mulheres políticas, a prefeita Ivana Camarinha (da cidade de Pederneiras – SP) que sempre sofreu preconceitos de cunho pessoal e não por sua atuação política e também Majô Jandreice (primeira vereadora eleita de Bauru – SP) que participou ativamente de movimentos sociais. Ela é assistente social e isso colaborou muito no seu engajamento político. Na reflexão apresentada, é notório que há necessidade de maior engajamento político da sociedade feminina no País