PRESENÇA DE FORMAS PARASITÁRIAS DE POTENCIAL ZOONÓTICO EM AMOSTRAS DE FEZES ANIMAL DESTINADAS AO USO AGRÍCOLA

Abstract

A cultura rural brasileira engloba atividades principalmente agropecuárias, as quais atualmente demandam de um alto preço ambiental. Sendo assim medidas sustentáveis são necessárias para a eficácia das atividades no campo além da preservação do mesmo. A fertilização de solo com esterco animal compreende umas das metodologias de adubação orgânica mais empregada no âmbito da agricultura familiar, devido seu baixo custo e fácil aquisição, contudo, mesmo não sendo de característica agressora ao ambiente, o esterco constituído de majoritariamente de material fecal pode representar risco de contaminação biológica, no que se refere à infecção por patógenos o que inclui doenças endoparasitárias. Este trabalho objetiva se na avaliação do poliparasitismo de rebanhos e de formas parasitária de potencial zoonótico em amostras de fezes animais destinados ao uso na agricultura familiar como esterco. Os métodos empregados foram as técnicas de centrifugo sedimentação e centrifugo flutuação, ambas contemplando as análises qualitativas de espécies com risco de infecção humana, além de análise quantitativa de poliparasitismo em diferentes animais de criação rural. Os resultados obtidos, concluíram que o poliparasitismo é mais evidente dentre os rebanhos bovinos, sendo visualmente mais acentuado comparado aos demais coletivos analisados, sendo eles de espécies suínas e avícolas. Referente à avaliação qualitativa de risco zoonótico foi identificada quatro principais espécies com potencial de infecção humana, sendo elas: Fasciola hepatica, Toxocara sp., Ascaris suum e Capillaria sp. Outras espécies também foram relatadas como Hyostrongylus rubidus, Denavania proglottina, e Eimeria sp., contudo estes, de potencial patogênico humano ainda não esclarecido pela literatura atual.