ESTUDO RETROSPECTIVO DAS ALTERAÇÕES FISIOPATOLÓGICAS DESENVOLVIDAS NA NEUROCISTICERCOSE

Abstract

A Neurocisticercose (NCC) ocorre quando o homem comporta-se como hospedeiro intermediário no ciclo biológico da Taenia solium, ao ingerir os ovos da mesma em alimentos ou água contaminados, desenvolvendo em seu corpo cisticercos. Os cisticercos caem na corrente sanguinea, alcançam e se alojam no Sistema Nervoso Central, podendo desenvolver a doença de maneiras distintas, dependendo de que local os cistos estão alojados. Há a forma parenquimatosa, onde os cistos estão no parenquima cerebral, e passam por quatro fases de desenvolvimento: vesicular, coloidal, granulomatosa e calcificada, podendo estar em diferentes partes do encéfalo, como nos lobos temporal e parietal, manipulando a resposta imune do hospedeiro; já na forma extraparenquimatosa os cistos se alojam nos compartimentos liquóricos, obstruindo o caminho do líquido céfalorraquidiano, levando a quadros de hidrocefalia, hipertensão intercraniana, epilepsia e convulsões. A variação na forma da doença possibilita diferentes tipos de respostas imunológicas e uma inflamação acentuada. O objetivo do presente estudo foi quantificar os aspectos imuno-fisiopatológicos desenvolvidos ao decorrer da evolução da Neurocisticercose. Para tanto, foi realizada uma revisão bibliográfica em bases de dados nacionais e internacionais para levantamento de artigos e documentos com base no assunto. Os resultados levam a acreditar que a sintomatologia e os demais aspectos clínicos são dependentes do local e da distribuição dos cistos no encéfalo.