EFETIVIDADE DA ECMO NA COVID-19: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Abstract

A COVID-19 afeta diretamente o trato respiratório do indivíduo, causando uma série de infecções no mesmo. Segundo o Jornal de Cardiologia Brasileiro (2021), de 15 a 20% dos pacientes diagnosticados com a SARS-COV-2 podem evoluir com a forma mais grave da doença, progredindo muitas vezes para a Síndrome da Angústia Respiratória Aguda (SARA), definida como hipoxemia secundária à um início rápido de edema pulmonar não cardiogênico, abrangendo lesões pulmonares, incluindo pneumonia, sepse, choque não cardiogênico e traumas. Nesse contexto, a ECMO emerge como uma possibilidade terapêutica para suporte cardiopulmonar enquanto a doença de base e seus desdobramentos são enfrentados. Trata-se de uma substituição temporária da função cardiopulmonar do paciente que consiste no acesso ao sistema vascular por meio de canulação para drenagem do sangue, bombeamento para uma membrana (pulmão artificial) que fará a troca gasosa, e devolução do sangue já oxigenado na circulação do paciente. A ECMO é indicada em casos de insuficiência respiratória hipoxemia, que ocorre quando o nível de oxigênio está baixo no sangue, ou hipercápnica, que ocorre quando a ventilação alveolar cai ou não consegue se elevar adequadamente em resposta a uma produção aumentada de dióxido de carbono, e choque cardiogênico ou não cardiogênico. O consenso da ELSO (Extracorporeal Life Support Organization) define que não existe contraindicação absoluta ao uso da ECMO, mas o risco e o benefício do suporte com ECMO devem ser analisados para cada paciente. Considerando as indicações e contraindicações, a ECMO poderia reduzir a mortalidade nos casos graves de COVID-19, tendo em vista prevenção da falência pulmonar e mortalidade por causas cardiovasculares. O objetivo deste trabalho foi analisar a efetividade da oxigenação por membrana extracorpórea (ECMO) nos casos de COVID-19 por meio de uma revisão de literatura. Para isso foi realizado um estudo descritivo baseado em levantamento bibliográfico de trabalhos e artigos publicados nos anos de 2017 a 2022, nas principais bases de dados como Scielo, Pumed, Lilacs e Google Acadêmico. Ao final deste estudo foi possível analisar que o uso de ECMO, em pacientes com insuficiência respiratória grave, pode aumentar as chances de cura e reduzir a mortalidade comparado à terapêutica padrão. O resultado dessa terapia depende de indicações precisas e análise detalhada da situação de cada paciente para garantir uma melhor sobrevida, como o momento precoce de suporte com ECMO, os fatores de risco dos pacientes, o reconhecimento e o tratamento da causa da deterioração da oxigenação e mortalidade.