ASPECTOS FISIOPATOLÓGICOS DOS LINFOMAS DE HODGKIN

Abstract

Os linfomas de Hodgkin (LH) são neoplasias hematológicas linfoproliferativas, onde ocorre a presença de células de Reed-Sternberg e células de Hodgkin, as quais têm origem principalmente de linfócitos B e representam cerca de 1% apenas da massa tumoral. Ao redor das células características, observa-se infiltrado inflamatório, que pode ser composto por diversos tipos celulares. Os LH podem ser classificados em LH clássico, os quais subdividem-se em esclerose nodular, celularidade mista, depleção linfocítica e rico em linfócitos, e LH de predomínio linfocítico nodular. Trata-se de um estudo de revisão de literatura existente nas bases de dados LILACS, BIREME, SciELO, PUBMED, onde objetivou-se descrever os aspectos fisiopatológicos dos LH, elucidando sua epidemiologia, classificação, relação com o vírus Epstein-Barr, manifestações clínicas, diagnósticos, estadiamento e tratamentos, assim como demonstrar a importância e relevância do tema. É observado predomínio da patologia em homens em dois picos de idade (20 a 30 e 50 a 60), sendo o suptido LHC esclerose nodular o mais frequente e a presença do EBV observada em 40% dos casos de LH. Normalmente, ocorre inchaço dos gânglios linfáticos na região cervical e supraclavicular, embora possa ocorrer em outros locais. Demais sintomas podem ser observados, como febre, sudorese e prurido. O exame padrão ouro para diagnóstico é o PET-CT e o tratamento é feito, principalmente, através de quimioterapia e radioterapia. Conclui-se que estudos devem ser aprofundados referentes aos LH, o que muitas vezes não ocorre devido a menor frequência quando comparado aos demais tipos de câncer e pelo bom prognóstico que geralmente acompanha essa patologia.