A UTILIZAÇÃO DE CIGARRO ELETRÔNICO COMO ALTERNATIVA AO CIGARRO TRADICIONAL E SEUS RISCOS A SAÚDE.

Abstract

Os cigarros eletrônicos surgiram no mercado diante da necessidade de uma alternativa menos prejudicial à saúde que o cigarro tradicional, se tornando cada vez mais populares entre jovens e adultos atraídos por sua modernidade e a alta gama de sabores disponíveis. No Brasil, apesar da comercialização destes dispositivos ser proibida, eles são amplamente difundidos através de mídias sociais como um grande aliado na cessação do tabagismo e como sinônimo de opulência. Porém, sabe-se que em muitos casos eles se tornam uma porta de entrada ao tabagismo devido ao teor de nicotina destes dispositivos. Além da nicotina, por si só, acarretar o surgimento de diversas patologias, nos cigarros eletrônicos ela vem associada a aromatizantes e outras substâncias nocivas. Devido a carência de fiscalização e regulação de sua composição, existe uma grande variabilidade de substâncias dificultando o estudo de seus efeitos a longo prazo, mas os efeitos a curto e médio prazo já são conhecidos. A atual epidemia de lesões pulmonares associadas ao uso de cigarros eletrônicos se tornou um problema de saúde pública nos EUA. Elas ocorrem quando estas substâncias geram uma resposta inflamatória no pulmão causando sintomas respiratórios, sendo necessário intervenção hospitalar em grande parte dos casos. Além das lesões pulmonares, os usuários de cigarros eletrônicos estão susceptíveis a adquirir outras patologias dermatológicas e cardiovasculares seja pela exposição às substâncias ou pelo mal funcionamento do dispositivo. Portanto, fica claro com a presente revisão de literatura a necessidade de conscientizar sobre os riscos à saúde ocasionados pelo hábito de utilizar cigarros eletrônicos.