A ILHA DE CALOR EM BAURU-SP: O CONHECIMENTO CIENTÍFICO E POPULAR SOBRE O ASSUNTO

Abstract

O fenômeno Ilha de Calor consiste em temperaturas do ar mais elevadas no centro da cidade em relação à periferia, devido à característica do ambiente urbano: concreto, asfalto, ausência de áreas verdes e poluição. Este estudo é de grande importância, pois o problema provoca desconforto térmico nos habitantes, em razão do calor no centro. O objetivo do trabalho foi comparar o conhecimento científico e popular sobre o assunto com dados de temperatura do ar e entrevistas (questionário) realizadas com a população. Para aferição do efeito foram coletados dados de temperatura em 3 locais da cidade (praça Rodrigues de Abreu - centro, Infraero/GNA-BU - periferia média e IpMet-Unesp - periferia extrema), com 3 termômetros de mercúrio (Incoterm) e 3 miniabrigos meteorológicos; além de dados concedidos pela Infraero e IpMet. As entrevistas foram realizadas com 50 pessoas residentes no centro e 50 na periferia. Os métodos utilizados foram: dedutivo, indutivo e comparativo. Encontrou-se uma diferença média de temperatura de 2,35ºC, entre o centro e a periferia extrema, comparando dados dos miniabrigos. Uma diferença média de 0,66ºC entre a periferia média e a periferia extrema, comparando dados da Infraero e do IpMet. Na questão no3:``Você sente diferença de calor do centro para a periferia, ou vice-versa?``, observou-se que 66% das pessoas sentem que o centro é mais quente, 9% sente que a periferia é mais quente e 25% não sente diferença. Os termômetros comprovam a existência da Ilha de Calor, e ao mesmo tempo, vemos que os resultados das entrevistas coincidem com os dos termômetros, pois a maioria sente a diferença de temperatura, isso indica um elevado grau de percepção térmica dos habitantes.