INFLUÊNCIA DO HORMÔNIO TIREOIDEANO T3 TÓPICO SOBRE OS OSTEÓCITOS EM DEFEITOS ÓSSEOS CRÍTICOS DE CALVÁRIA DE RATOS WISTAR

Abstract

O objetivo deste estudo foi avaliar a influência do hormônio tireoideano T3 tópico sobre os osteócitos, em defeitos ósseos críticos de calvária de ratos. Foram utilizados 30 ratos Wistar machos, aleatoriamente divididos em três grupos: controle (defeito ósseo preenchido com um placebo constituído por base de pomada), grupo tratado 1 (defeito ósseo preenchido com T3 em pomada, na concentração de 0,03%) e grupo tratado 2 (defeito ósseo preenchido com T3 em pomada, na concentração de 3%), analisados aos 30 e 60 dias (10 animais por grupo). Foram realizados defeitos ósseos críticos de 8mm na calota craniana dos animais, preenchidos por 0,35ml da pomada, e analisados nos períodos propostos. Foram realizadas análises histológicas, morfométricas e análise morfológica e contagem das lacunas de osteócitos. No período de 30 dias, o controle mostrou formação óssea de 672,25 ± 89,10mm2, enquanto no grupo tratado com T3 a de 0,03% ocorreu a maior formação de osso (1640,5 ± 215,52mm2), estatisticamente diferentes (p<0,05). Já o grupo tratado com 3% de T3 não foi diferente dos demais grupos (1006 ± 302,72mm2) (p>0,05). Aos 60 dias, a formação óssea no grupo controle foi de 927 ± 81,5mm2, enquanto no grupo tratado com T3 a 0,03% foi de 1176,25 ±220,65 mm2 (p>0,05). A formação de 1065 ± 13,29mm2 de osso no tratamento com T3 a 3% foi maior que o controle (p<0,05), mas semelhante ao tratamento com 0,03% de T3 (p>0,05). Aos 30 dias, em relação à quantidade de lacunas de osteócitos, o grupo tratado com T3 na concentração de 0,03% apresentou o maior número de lacunas de osteócitos presentes no osso neoformado (217,5 ± 34,64 mm2), estatisticamente diferente (p<0,05) da quantidade de células observada no grupo controle (153,25 ± 18,73 mm2). Já aos 60 dias, a quantidade de lacunas de osteócitos observada nos diferentes tratamentos não foi estatisticamente diferente entre si (p>0,05). Aos 30 dias, em relação à morfologia dos osteócitos, o grupo tratado com T3 apresentou uma maior atividade destas células, com extensos canalículos e ampla rede de conexões. Concluiu-se que a pomada contendo T3, na concentração de 0,03%, auxilia o reparo ósseo no período de 30 dias, promovendo maior formação óssea. A ação do hormônio proporcionou um aumento no número e morfologia das lacunas dos osteócitos na mesma concentração e período em que foi observada maior formação óssea.