O IMPACTO DO EXTRAVASAMENTO DO CIMENTO OBTURADOR NO REPARO ENDODÔNTICO: UMA REVISÃO DE LITERATURA

Abstract

O impacto do limite apical de obturação e o extravasamento de cimento obturador no sucesso da terapia endodôntica tem sido amplamente discutido na literatura mundial. Os diversos tipos de cimentos endodônticos promovem respostas teciduais diferentes devido a diferença na composição e substâncias liberadas durante a presa. Sendo assim, há um grande questionamento se o extravasamento do cimento obturador para os tecidos perirradiculares afeta ou não o sucesso da terapia endodôntica. O objetivo deste trabalho foi realizar uma revisão de literatura referente se o extravasamento do cimento obturador afeta ou não o sucesso da terapia endodôntica. Foram selecionados artigos dos anos de 1991 até 2021 indexados na base de dados PubMed, os quais foram selecionados com as palavras-chaves: “Overfilling”, “Endodontics”, “Apical limit of obturation, “Sucess Rate. Sendo selecionados os artigos mais relevantes e publicados em revistas com Qualis A1. De acordo com os artigos selecionados, demonstraram que o limite apical de obturação e o extravasamento de cimento obturador impactaram negativamente o sucesso da terapia endodôntica. Por outro lado, outros artigos demonstraram que o limite de obturação e o extravasamento não afetaram o sucesso da terapia. Embora haja divergências na literatura, há uma superioridade numérica de artigos demonstrando o impacto negativo do extravasamento de cimento obturador. O não extravasamento e a obturação de 1 a 2 mm aquém do forame apical. Portanto, podemos concluir que o limite apical de obturação e o extravasamento de cimento obturador podem afetar de forma negativa o sucesso da terapia endodôntica, sendo indicado a obturação de 1 a 2 mm aquém do forame apical e o não extravasamento de cimento.