RELAÇÃO DA FUNÇÃO RESPIRATÓRIA, DESEMPENHO FÍSICO, DEPRESSÃO E QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES PÓS-COVID-19

Abstract

Introdução: A COVID-19 é uma doença causada pelo coronavírus, se disseminou rapidamente por diversos países e no Brasil, a doença leva a complicações respiratórias e musculoesqueléticas. Diante disso é importante a avaliação e atuação da fisioterapia cardiorrespiratória com o objetivo de melhor a função respiratória e a qualidade de vida desses indivíduos. Objetivo: Avaliar a função respiratória, desempenho físico (mobilidade e equilíbrio), ansiedade, depressão e qualidade de vida em pacientes pós- COVID-19, bem como verificar se há correlação entre essas variáveis. Métodos: Trata- se de um estudo transversal observacional, com amostragem de conveniência. Participaram do estudo 34 pacientes de ambos os gêneros, com diagnóstico clínico de pós-COVID-19. Os indivíduos foram avaliados por meio da prática de atividade física de acordo com a versão curta do Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ); questionário do mini exame do estado Mental (MEEM); escala Medical Research Council, escala London Chest Activity of Daily Living, escala hospitalar de ansiedade e depressão (Hospital Anxiety and Depression Scale – HADS), espirometria, avaliação da força muscular respiratória, mobilidade toracoabdominal, avaliação da composição corporal e bateria de desempenho físico versão curta (mobilidade e equilíbrio). Resultados: Foram observadas correlações positivas moderadas significativas entre a PEmáx com os domínios dor e atividade física do SF63 (r=0,521, p=0,004; r=0,475, p=0,011, respectivamente) e com escore total do SPPB (r=0,48, p=0,005); e a PEmáx associou-se negativamente com a pontuação total da HAD (r=-0,408, p=0,018). Conclusão: Os pacientes pós-COVID-19 apresentaram em sua maioria distúrbio ventilatório restritivo, fraqueza muscular respiratória, mobilidade toracoabdominal reduzida, dispneia que limita suas atividades cotidianas, grande incidência de ansiedade e depressão, interferindo na qualidade de vida, mas apresentaram boa capacidade funcional. Ainda, concluímos que quanto menor a força muscular expiratória, pior será a qualidade de vida e capacidade física e maiores os relatos de ansiedade e depressão dos indivíduos pós-COVID-19.